Uma
coisa no meio de tudo que eu já aprendi nesta vida é que você escolhe se quer
ser feliz ou infeliz e por quanto tempo.
Algumas
pessoas chegam para conversar comigo, contam de suas dores, problemas e, muitas
delas repetem o mesmo dilema, como se ela mesma insistisse em se manter em um
emaranhado de problemas, já que eles nunca cessam! Vai um e logo em seguida ela
consegue encontrar outro e vai vivendo nesse círculo constantemente, e tudo que
penso é que foi ela quem escolheu viver assim, ninguém mais! Não foi a mãe
dela, nem os irmãos, nem o marido ou o namorado. A escolha foi dela!
Sei
de pessoas que sofrem por amor e fazem com que esse sofrimento dure uma
eternidade, não compreendendo a perda e não aceitando a dor, mas ainda assim,
mantendo-a por um longo tempo.
A
dor, inevitavelmente, vem em nossa vida em algum momento. Fato. Mas o que você
fará com ela é onde está a diferença. Você pode guardá-la para si e mantê-la
por muito tempo ou pode fazer dela uma experiência e recomeçar.
Você
pode lamentar da vida, das pessoas, reclamar de tudo ou agradecer por cada
criatura desagradável que Deus coloca em sua vida, já que isso o faz ser melhor
e aprender a usar a paciência.
Digamos
que, ser infeliz é o caminho mais fácil. Uma porta mais larga de se entrar.
O
negativismo é fácil de nos tomar, dominar porque somos tão imperfeitos que o
ruim sempre estará muito mais perto de nós. Agora, a felicidade, meus amigos, é
um caminho de difícil acesso e uma porta bem estreita que, muitas vezes,
preferimos nem entrar por acharmos que, ser feliz é complicado demais, é
difícil demais e que sair da sua zona de conforto-sofrimento é algo ruim demais
pra se viver agora.
Daí
você escolhe. Passa dias, meses, anos revivendo uma dor, buscando conflitos
repetitivos, por não saber viver de outro modo. Pensa que lamentar ou resmungar
é tudo que a vida trouxe para você, sem saber que é você quem faz sua vida ser
como é!
Por
isso, escolhi ser feliz. Escolhi ser positiva, acreditar em mim e em minha
capacidade de modificar as coisas e em ver beleza em cada gesto.
Ontem,
vi um avô abraçar seu netinho em uma praça com uma alegria imensa no rosto.
Hoje, vi um casal de cinquentões subindo a rua de mãos dadas e a intimidade era
a maior de suas companheiras. Eles eram felizes, eu fui feliz enquanto
observava, porque, por alguns instantes, esqueci que batalho todos os dias por
minha carreira, por minha sobrevivência e que também tolero pessoas
desagradáveis.
Eu
posso escolher. Você pode escolher. Infelicidade não é para mim, mesmo que ela
passe por mim em algum momento. Viver lá eu não quero, não vou.
Não
posso ser infeliz se tudo que vejo a minha volta é felicidade, porque
simplesmente, mudei a forma que eu vejo o mundo. Dor? Meu coração carrega
algumas, mas elas não me derrubam. São companheiras, mas não me dominam.
São
elas que fazem de mim a pessoa que sou, que sabe fazer escolhas, apesar de
tudo.
Via: Resiliência Mag