Uma
grande lição de vida!
A
um ano me separei da minha esposa pra ficar com outra mulher e, sim, eu
troquei, troquei porque a outra era ‘mais bonita’...
Veja:
minha ex era gorda, flácida, cheia de celulites e estrias, tinha pneuzinhos, a
barriga não era sarada, vivia descabelada ou com os cabelos presos, não usava
maquiagem, nem se quer um batom, vivia com roupas largas, vestidos
esfarrapados, unhas sem fazer, raramente se depilava, quando colocava uma
calcinha estava sempre embolada, sutiã não fazia parte do seu dia a dia, seios
murchos e caídos, as sobrancelhas por fazer...
Enfim,
eu não sentia mais atração por aquela mulher, nada nela me chamava a atenção,
só restava a lembrança da mulher exuberante que um dia eu conheci...
Hoje
depois de exatamente um ano eu me encontrei com aquela mulher que um dia foi
minha esposa...
Nossa
como ela estava linda, radiante, tinha emagrecido, nem um sinal dos pneuzinhos,
os buraquinhos das pernas haviam desaparecido, estava com os cabelos soltos, um
batom vermelho que destacava seus lábios carnudos...
Com
um vestido que parecia ter sido feito exclusivamente para ela, destacava sua
cintura de pilão, num salto alto que só a valorizava, nem parecia que era mãe
de três crianças lindas, ‘meus filhos’, e o perfume... nossa como aquele
perfume me embriagou quando ela passou!
Agora
estou aqui, me recordando que aqueles quilinhos a mais que ela tinha, foram por
causa da gravidez recente do nosso último filho, Enzo, de seis meses, a barriga
flácida era porque estava se recuperando daquele barrigão, onde ela carregou
meus maiores presentes por nove meses, os pneuzinhos e as celulites eram por
que ela trocou a academia pra ficar em casa cuidando e dando atenção para as
crianças enquanto eu trabalhava, os cabelos embaraçados, os coques, eram porque
facilitavam com o dia a dia de uma dona de casa, até mesmo porque não tinha
tempo para pentear e fazer mamadeira ao mesmo tempo; não tinha tempo para se
depilar e muito menos se maquiar, tirar as sobrancelhas então... fazer as unhas
nem pensar. O pouquinho de tempo que lhe sobrava se dedicava a me dar atenção,
até se esquecia dela mesmo, do tempo dela, sempre se colocava em segundo,
terceiro, quarto plano... os vestidos esfarrapados eram porque trocou vestidos
caros por fraldas, os seios estavam caídos, mas sentia orgulho de ter
amamentado nossos filhos por dois anos cada um; não usava sutiã porque era mais
fácil para ‘dar de mamar’, e com toda a correria de cozinhar, passar e limpar,
ela sorria e parecia feliz com a família ali toda unida, para ela não existia
coisa mais perfeita...
E
se hoje eu estou aqui contando tudo isso para vocês, é porque hoje eu sei o que
é ter uma mulher de verdade em casa, e deixei ela ir embora. Eu estraguei tudo,
perdi aquela mulher, troquei a real beleza por uma fachada... Mas aprendi a
lição. Custava eu ter esperado, ter tido compreensão, saber reconhecer o valor
que ela tem em vez de troca-la pela primeira gostosa que me deu mole?
Agora
ela está lá com o caçula de um aninho, que já não dá mais tanto trabalho, com
as outras duas filhas... sobra mais tempo para se cuidar e não precisa de
nenhum babaca como eu para se sentir especial, para saber o seu valor. E se eu
não dei, outro irá dar, se eu não cuidei outro irá cuidar.
Mulher
de verdade não tem medidas, tem caráter!
Autoria
Desconhecida